segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Pronto, passou!



Hoje pensei que faz tanto tempo que quero fazer certas coisas e não faço mais, não sei, mudei. Acho que meus últimos escritos só falam a respeito disso, mudança. Cada dia me sinto mais diferente, mais eu e menos alguma coisa que inventei, e acreditem, sinto falta daquele outro Gilvan de vez em quando... talvez fosse mais fácil ser ele, menos conflitante. Mas fazer o que? É o sinal dos tempos! É a adequação das novas situações!

Quanto tempo faz que não escrevo aqui, no meu velho e bom profile – o blogg menos complicado de minha vida? (rsrsr) Mesmo assim, eu tenho o danado do blogg, depois falo dele. O que importa é que agora, meses após (desde março) voltei a escrever minhas bobeiras, talvez por tristeza, quem sabe se não por felicidade, mas movido por algum sentimento, com certeza menos conflitante que eu.

Conflito né? Normal quando se trata de mim, normal quando se trata de ser humano. Mas eu me refiro a ser humano de verdade, não os robôs que tenho encontrado pelo meio do caminho. Hoje pensava nisso, a humanidade tem cada vez menos seres humanos – não me refiro a espécie biológica, mas ao ser “humano”. Hoje temos que atender cada vez mais a vontade do outro, caso contrário não lhe seremos da menor valia. Cruzo cada dia com mais vampiros, com sorrisos falsos, olhares atravessados e curiosos de meu fracasso.

Em detrimento a essa nova situação, menos seres “humanos”, encontramos menos amigos. Por outro lado, os poucos que encontramos nos são tão caros, que valem mais que qualquer preciosidade... Tá tão complicado a coisa da amizade, que a relação de “amizade” se tornou quase que um negócio capitalista, uma “mais valia”, quanto mais você tem a dar materialmente, mais importante você se torna naquele meio em que você busca se adequar.

Credo!! Quero isso não, sabia? Antes só, que mal acompanhado... Abaixo os falsos amigos, cheios de veneno e açúcar pra disfarçar. Arriba as coisas autênticas, os sorrisos gratuitos, os telefones despretensiosos, as mensagens furtivas, os abraços do lado esquerdo do peito, as horas passadas de conversas e desabafos, os pensamentos longevos acerca daqueles que amamos, os fugazes acenos de fim da tarde, convidativos e calorosos...

Sei não, temo me robotizar também, sabiam? Já não vejo com tanta alegria algumas coisas. Não sei se sucumbiria a certas situações para me adequar ao “sistema”! (rsrsr) Pensando bem, tenho certeza que não... tenho princípios, sou bem criado e tenho cabeça feita... Sacal ficar analisando esse tipo de situação, mas é uma realidade.

O que me acalenta é saber que tenho muitos amigos de verdade, longe ou perto, os tenho e eles me têm. O que me acalma é saber que faço sempre novos amigos, mesmo não sendo o mais festeiro da turma, mesmo sendo o mais certinho dos meninos!! (rsrsr) Deixo de ser algo inventado e me torno cada vez mais eu, irrite quem irritar... hoje sou mais ser "humano". Creio.

Valeriane para todos...
Gil