terça-feira, 23 de março de 2010

O par perfeito - Tudo é simples, a gente é que complica



Saí do meu carro hoje à tarde pensando nos relacionamentos amorosos e em uma breve conversa que havia tido com uma valiosa amiga há alguns dias. Saltei na garagem distante do trabalho e o pequeno trajeto me possibilitou pequenas reflexões, logo liguei pra ela aos risos. Poxa como a gente quer tão pouco, ser feliz, nada mais. Pensava antes que a idealização de uma relação perfeita nos conduzia a algo realmente incrível, todavia, quanto mais idealizamos algo, mais distante ficamos daquilo que realmente interessa. Ser feliz. Simplesmente porque o idílio jamais será encontrado e a frustração nos conduzirá ao poço da depressão. Por isso, paremos de idealizar o “príncipe”, nos divirtamos com os “sapos”!

Mas essa felicidade depende do outro? Talvez sim, talvez não, mas depende principalmente de nos sentirmos bem com nós mesmos. O simples é se amar, mas o simples não é deixar de condicionar esse amor próprio ao outro. Cremos independente de qualquer coisa que o outro, como razão do nosso viver, pode nos conduzir ao caminho da tão almejada felicidade. Ledo engano. Nem sempre é assim. Eu tenho que ser feliz – amorosamente falando, pelas minhas atitudes, do contrário serei uma companhia insuportável, cobradora e sugadora do outro, no afã de que ele seja o meu último fio conector com a realidade. Eca. Quero isso não.

Claro que preciso do outro pra ser mais. Mas não é função exclusiva do outro me conduzir ao caminho das coisas boas, eu tenho que aprender a chegar lá sozinho. Por isso que, quando idealizamos o “par perfeito”, o “príncipe encantado” nos deparamos com tantos “sapos”. Mas será que nenhum sapinho deste é o felizardo complemento de sua vida amorosa? Por tenho que querer o estável, o bacana, o mais transado e super-bem relacionado? Por que tenho que escolher aqueles com padrão social igual ou melhor que o meu? Por que, por quê? Ora oras!! O sem graça, pode ter um bom beijo, e pode ser uma excelente companhia pra comer aquela pipoquinha no cinema. O mais “humilde” frente os meus “padrões” pode ser um herói batalhador, um propulsor de idéias bacanas, um exemplo de otimismo diante da vida. O "nerd" pode ser bom de cama. Por que não?

Assim, não idealizemos o “par perfeito”, idealizamos a felicidade. Comecemos a anotar em nossos caderninhos de prioridades, nos rodearmos de pessoas com saúde mental – não me refiro aos lúcidos, mas aos de boas idéias, de boas conversas, de boa índole. Cerquemos-nos de pessoas cheias de saúde física – não me refiro àqueles que não estão acometidos de algum mal físico, me refiro àqueles que possuam a disposição de desbravar o novo, o gostoso, sem vícios, sem manias feias... desnecessariamente feias – porque até eu tenho as minha manias feias... mas digo aqueles que queiram se movimentar, nem que sejam os músculos da face pra me dar um belo sorriso.

Quero me cercar de gente cheia de luz – cujo espírito transcende o corpo físico e me faz enxergar que Deus me proporcionou um grande presente. Viver! Assim, nos cercando de “gente boa”, o amor vai chegar... Claro, não deixando de se incluir nesse rol. Portanto, seja saudável na mente, no corpo e no espírito, e ele – o tão esperado amor – chegará!

Confesso que não sou exemplo dos mais práticos, mas quem me conhece sabe que sou guerreiro pelos meus sentimentos, acredito em mim e nas minhas possibilidades e não me importo com a solidão. Porque sei que nada nesse mundo de fato me pertence – eu mesmo não pertenço a ninguém. Solidão é tão relativa, e a amorosa só serve pra fazer-nos enxergar que não era o momento. Mas você realmente só fica só quando quer, sabia? Quando nos virmos prontos em todos os sentidos (mental, físico e espiritual), choverá gente em nossa horta. Ninguém gosta de gente paranóica, pegajosa e chorona – não sinta pena de si mesmo... Sinta orgulho de estar vivo, de ter brilho nos olhos, de poder respirar e se permitir ser feliz! Isso atrai mais que qualquer bom papo.

Portanto, quando vir o "nerd" se aproximando graças a sua indefectível aura de felicidade, agarre-o... Ele pode ser um posso de amor, uma companhia perfeita pra comer a pipoquinha, e no fim da noite um louco amante!! Tudo é possível quando se quer ser feliz! Por isso, nos permitamos... Nada mais

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